Antes de começar o meu desabafo, queria agradecer aos que leem o blog, acompanham meus raros posts, MAS NÃO SE MANIFESTAM. Tudo bem, a gente vai se aproximando timidamente, é normal em todo início de relacionamento. Quando vocês ficarem sem vergonha, colocarão suas opiniões. Só não demorem, não dá pra ficar nessa seca.
O interessante é que descobri meus caros leitores por causa do último post, com o qual fui chamada de feminista, pelos leitores, e ouvi um "adorei" das leitoras. Quem entendeu o que eu quis dizer, ótimo. Quem não entendeu, venho até falar nesse post sobre amor, para tirar a má impressão que causei com o "Vamos à luta companheira".
Ando pensando na falta de amor entre as pessoas, nas diversas situações que nos encontramos no dia a dia. As situações simples, mas que expressam grandiosamente a falta de amor que assola a humanidade. Por exemplo, em transportes coletivos. Como o nome diz, é COLETIVO, logo amigo, você não estará só, nem adianta fazer cara feia, ocupar o corredor todo, porque o coleguinha que está do lado de fora precisa entrar, pois ele também quer ir para a sua casinha, depois de um dia de trabalho cansativo.
E aí falo das mulheres. Nesta última terça-feira peguei o metrô destinado a elas. Lá estava eu, num calor infernal, tentando entrar, ainda na Cinelândia, em um vagão já cheio. E lá já estavam elas, aquelas que não queriam que entrássemos e aquelas que queriam sair. De repente, grita uma delas: "peraí, peraí, deixa eu sair primeiro, eu quero sair". Na Carioca, meu Deus, o que estava ruim piorou. Aquelas que já estavam quando cheguei não queriam ir apertadas, às 18h, no metrô. Que falta de amor gente; no lado esquerdo buracos, havia ar, coisa rara. No lado direito, as outras querendo entrar, com toda força, com toda vontade, e eu, com meu meio metro naquele meio. Mas até aí, era o purgatório.
Chegando ao inferno, o Estácio. Aquela estação tenebrosa, na qual amigos sabem que fui massacrada e cheguei com cabelo todo despenteado no trabalho uma vez. Nessa altura não queria mais ir no vagão especial, as moças de lá são más. Estávamos todos juntos, pertinhos, colantes, naquele calor. Parou o primeiro carro. Vazio, que felicidade. Claro, ele não ia andar, estavam apagadas as luzes e seria muita alegria pra linha 2 ter um carro vazio daquele jeito. Mais 15 minutos e chega o outro, cheio. Entram primeiro, do outro lado, as crianças, os idosos, as grávidas. Abrem as portas do meu lado e "peraí, peraí"... Nem tinha mais lugar pra sentar, porque tanta grosseria? Lá estava eu, meio metro, perto da porta, pensando nessa falta de amor ao próximo e gente, não dá, eu sou pequena. O rapaz da minha frente não parava de se mexer e eu pude contar os pêlos de suas axilas. Ah, tenha dó, tenho certeza que o inferno é assim e Satanás ainda fala no alto falante ironicamente: "Não encostem nas portas e nem sentem no chão para sua segurança". Sentar no chão? Se você conseguir colocar os dois pés no chão, pode se sentir num taxi. Ah, quero brincar mais disso não!
O interessante é que descobri meus caros leitores por causa do último post, com o qual fui chamada de feminista, pelos leitores, e ouvi um "adorei" das leitoras. Quem entendeu o que eu quis dizer, ótimo. Quem não entendeu, venho até falar nesse post sobre amor, para tirar a má impressão que causei com o "Vamos à luta companheira".
Ando pensando na falta de amor entre as pessoas, nas diversas situações que nos encontramos no dia a dia. As situações simples, mas que expressam grandiosamente a falta de amor que assola a humanidade. Por exemplo, em transportes coletivos. Como o nome diz, é COLETIVO, logo amigo, você não estará só, nem adianta fazer cara feia, ocupar o corredor todo, porque o coleguinha que está do lado de fora precisa entrar, pois ele também quer ir para a sua casinha, depois de um dia de trabalho cansativo.
E aí falo das mulheres. Nesta última terça-feira peguei o metrô destinado a elas. Lá estava eu, num calor infernal, tentando entrar, ainda na Cinelândia, em um vagão já cheio. E lá já estavam elas, aquelas que não queriam que entrássemos e aquelas que queriam sair. De repente, grita uma delas: "peraí, peraí, deixa eu sair primeiro, eu quero sair". Na Carioca, meu Deus, o que estava ruim piorou. Aquelas que já estavam quando cheguei não queriam ir apertadas, às 18h, no metrô. Que falta de amor gente; no lado esquerdo buracos, havia ar, coisa rara. No lado direito, as outras querendo entrar, com toda força, com toda vontade, e eu, com meu meio metro naquele meio. Mas até aí, era o purgatório.
Chegando ao inferno, o Estácio. Aquela estação tenebrosa, na qual amigos sabem que fui massacrada e cheguei com cabelo todo despenteado no trabalho uma vez. Nessa altura não queria mais ir no vagão especial, as moças de lá são más. Estávamos todos juntos, pertinhos, colantes, naquele calor. Parou o primeiro carro. Vazio, que felicidade. Claro, ele não ia andar, estavam apagadas as luzes e seria muita alegria pra linha 2 ter um carro vazio daquele jeito. Mais 15 minutos e chega o outro, cheio. Entram primeiro, do outro lado, as crianças, os idosos, as grávidas. Abrem as portas do meu lado e "peraí, peraí"... Nem tinha mais lugar pra sentar, porque tanta grosseria? Lá estava eu, meio metro, perto da porta, pensando nessa falta de amor ao próximo e gente, não dá, eu sou pequena. O rapaz da minha frente não parava de se mexer e eu pude contar os pêlos de suas axilas. Ah, tenha dó, tenho certeza que o inferno é assim e Satanás ainda fala no alto falante ironicamente: "Não encostem nas portas e nem sentem no chão para sua segurança". Sentar no chão? Se você conseguir colocar os dois pés no chão, pode se sentir num taxi. Ah, quero brincar mais disso não!
5 comentários:
Já que me senti "cutucada" no começo do texto, deixo aqui meu comentário...rsrs. Também me sinto assim apertada, esprimida, asfixiada no neu meio metro e meio. Quando eu não consigo me distrair com outros pensamentos, passa sempre no mesmo: "o que fiz de errado pra tá pagando assim?" E literalmente PAGANDO.
Adorei o texto!
Ju, entrei no blog justamente para escrever sobre o maldito metrô e grande parte dos usuários sem educação. Hoje fui a vítima desse sistema de transportes que alega ser o mais seguro, o mais moderno e o mais não-sei-o-que. E preciso desabafar, contando minha saga: peguei o metrô na Carioca por volta de 17h. Tive que esperar 2 composições e só consegui ser empurrada para a terceira. Estava no vagão das mulheres, e até que elas se comportaram quando percebiam que não cabia mais vivalma. Fiz a baldeação na estação do Estácio, pois pretendia (veja bem, meu ledo engano) chegar à aula na Uerj no horário. Na linha 2, dois vagões lotados e plataformas mais ainda. Muita demora para os trens saírem, significando mais gente querendo entrar onde não cabia mais ninguém. Finalmente consegui entrar em um vagão que veio cheio. O interessante foi ver o desespero de algumas senhoras para entrar correndo em um vagão que não tinha mais lugar para sentar. Acho que elas já estavam no clima de competição das Olimpíadas 2016, só pode. Dentro do vagão, perguntei em qual lado as portas se abririam na estação Maracanã, para que pudesse me posicionar melhor e conseguir sair no momento que precisasse. Pois a senhorinha me disse a porta errada. Enquanto isso, o trem estava parado e entravam mais e mais pessoas, desde trabalhadores e bêbados vindos da praia. Conclusão, não consegui sair onde queria, só pude descer na estação de Inhaúma, porque um grupo ia descer e eu entrei no embalo do "vai, vai", antes das portas se fecharem, e peguei o metrô no sentido contrário, para assistir o que restava da minha aula. Durante todo o trajeto do metrô, pude perceber o quanto os empresários não se importam com os passageiros, pois no dia mais quente do ano, nós tivemos que enfrentar vagões lotados e sem ar-condicionado (aquele aparelho só podia estar ligado na ventilação, o ar não estava funcionando mesmo). Fico pensando em uma mulher grávida ou em um idoso dentro desse "espetacular" meio de transporte, com esse calor e um monte de pessoas suando ao redor. Com certeza teve gente que passou mal.
Agora sou eu quem passo mais mal, em ver uma população vibrando por uma eleição de Olimpíada e aceitando a usar um transporte medonho como esse.
Bem nao importa o tamanho eu sou alto e sofro como todos, porem nao tenho a visao das axilas de ninguem,mas posso ver a caspa dos outros..sobre o amor...a situaçao só mudara. Quando a mudança parti de nós..se um em um o mundo muda,sei que é dificil..mais eu faço a minha parte e se cada um fizer a sua o mundo vai mudar..eu vejo que a concessionaria que administra o metro é que falta com respeito com os passageiro..porque se colocar mais carros,ira levar mais gente e menos cheio...mas mesmo vivendo nesse "inferno"podemos ser felizes e rir disso tudo...parabens e prometo vir mais vezes..achei muito bacana...
Moral da história:
1) No inferno, amigo, amor é pros corajosos. "Ter bondade é ter corajem".
2) Coitada das baixinhas.
Esse é o transporte coletivo do nosso Rio de Janeiro. Na última grande confusão que houve na estação das barcas na Praça XV (eu sempre perco esses quebra-quebra, droga!) causada pela relação poucas barcas-muita gente sabe o que o responsável pelo serviço falou? Quem está incomodado que vá pra Niterói de ônibus!
Ir pra Niterói de ônibus Às 18h = Egarrafamento e ônibus superlotado.
Ah, e a empresa dona da linha 996 e 740-D é a mesma das barcas!
Que beleza!
Ter bondade é ter coraGem
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