9 de nov. de 2009

Vim compartilhar: transporte coletivo II

Amigos,
Enviei este e-mail hoje para uma empresa de ônibus com a reclamação gigante e gostaria de compartilhar com vocês:

"Boa tarde,
Não achei um link para enviar sugestões/reclamações, por isso, estou enviando para este e-mail.
Sou passageiira frequente da Rubanil, seja no 351, no 376 ou 377, tanto para ir quanto para voltar do meu trabalho. Decidi enviar este e-mail, porque por três vezes assisti a mesma cena. Como direito, pessoas idosas, deficientes e grávidas tem um assento próprio para elas, mas, que não é respeitado pela população.

Há um mês, na mesma semana, uma pessoa cega entrou no 351, contudo ninguém cedeu o lugar que era direito dela, pois havia pessoas sentadas nas cadeiras especiais, sem portar alguma necessidade que a faça ficar ali. No dia seguinte, na linha 377, um senhor com mais de 70 ano e uma bengala, inclusive, pegou o ônibus e as pessoas fingiram literalmente que não o viram. Ele ficou a viagem toda em pé, próximo à roleta, porque ali era mais fácil para ele se segurar, já que não tinha lugar. Eu estava do seu lado e ainda falei que era um absurdo isso, pois as pessoas sequer se mexiam para lhe ceder o lugar.

Hoje, pela manhã, no 376, este mesmo senhor pegou o ônibus, ficando mais uma vez no mesmo lugar. Nem os bancos preferenciais nem a solidariedade fizeram com que ele pudesse viajar sentado. E vale destacar que ficamos uma hora e meia no trânsito e tinham mais dois idosos em pé.

Essas cenas são comuns, já vi também grávidas viajarem em pé. Vocês da empresa podem se perguntar o que vocês podem fazer quando o ser humano não tem mais respeito ao próximo. Contudo, motorista e trocador sabem que há bancos preferenciais ´(poucos, inclusive, porque agora muitos carros nem tem mais esses bancos antes da roleta) para estas pessoas e nada falam para que esse direito seja resguardado. E nem podem dar a desculpa que não viram isso acontecer, já que o senhor viajou próximo a roleta.

Os funcionários da Rubanil devem ser treinados para este tipo de situação e gentilmente devem garantir esse direito aos que precisam viajar sentados. A humanidade porde até estar perdida, mas, as empresas de ônibus ganham o direito de prestar um serviço público e devem manter, àqueles que o utilizam, o direito de viajarem como se deve.

Pagamos um valor alto pela passagem, não recebemos um serviço de acordo com que pagamos, as tarifas só aumentam, com a desculpa de dar gratuidade aos idosos e alunos de escolas públicas. E, na prática, os motoristas não gostam de parar para estas pessoas que "não pagarão" a passagem ou não fazem com que seus direitos sejam respeitados.

Sei que isso acontece em todas as empresas de ônibus, porém, posso apenas falar da Rubanil, porque sou usuária diariamente dos serviços prestados por esta empresa. Todos iremos chegar na terceira idade, espera-se. E, ao menos que tenhamos muita condição financeira, precisaremos usar o transporte público. Alguns ainda tem a arrogância de falar: mas o que esse velho vai fazer na rua? Ficasse em casa! Só que não quero nem vou engrossar esse coro, com tal pensamento e atitude, por isso, envio este e-mail e peço mais respeito ao cidadão que utiliza o meio de transporte público, seja ele de que idade for, pagante ou não pagante.

Att

Juliana"

2 comentários:

EVANDRO disse...

Venho por meio desta concorda com esse fato,acho que tinha que ter um alto-falante para mostrar para essas pessoas que parecem ser cegas que esses lugares tem uso exclusivo...mas, para melhorar é preciso começar tudo do zero.. TALVEZ NEM ASSIM...MAS OREMOS PARA QUE A HUMANIDADE MUDE.

Vanessa Pereira disse...

É lamentável ter que contar com o bom senso das pessoas. Não deveria ser necessário uma cadeira colorida ou alto-falante avisando que existe um lugar exclusivo para idosos, gestantes... Deveria ser automático: uma pessoa mais velha entra e a outra cede o lugar. Deveria...
É fato que isso, na prática, pode não ser o mais conveniente, mas convenhamos, é certo...