17 de nov. de 2009

Doe vida!

Com um pequeno gesto você pode salvar uma vida. Basta um cadastro e uma coleta do seu sangue. Pronto, você já está incluído no REDOME, o registro nacional de doadores voluntários de medula óssea. Este ano, foi atingida a marca de um milhão e 300 mil doadores cadastrados. Um ótimo número, mas ainda insuficiente, devido à dificuldade de compatibilidade entre não aparentados, que é de uma em 100 mil.

Um (ou uma) paciente em São Paulo, porém, tirou a sorte grande. E eu também. Fiz o cadastro e após algum tempo, ligaram-me informando que eu era compatível com um paciente. Fiquei muito empolgada e depois de mais alguns exames e fiz minha doação na última semana.

Foram dois dias de doação, por sangue periférico e, de acordo com o médico, a coleta das células progenitoras foi ótima. Enquanto eu me preparava, o paciente seguia com a destruição da medula comprometida dele, para receber a minha.

Foi um processo rápido, sem dor e que ajudou a salvar uma vida. Espero que as pessoas se conscientizem da importância do cadastro, e propaguem essa ideia, assim como eu estou fazendo.

9 de nov. de 2009

Vim compartilhar: transporte coletivo II

Amigos,
Enviei este e-mail hoje para uma empresa de ônibus com a reclamação gigante e gostaria de compartilhar com vocês:

"Boa tarde,
Não achei um link para enviar sugestões/reclamações, por isso, estou enviando para este e-mail.
Sou passageiira frequente da Rubanil, seja no 351, no 376 ou 377, tanto para ir quanto para voltar do meu trabalho. Decidi enviar este e-mail, porque por três vezes assisti a mesma cena. Como direito, pessoas idosas, deficientes e grávidas tem um assento próprio para elas, mas, que não é respeitado pela população.

Há um mês, na mesma semana, uma pessoa cega entrou no 351, contudo ninguém cedeu o lugar que era direito dela, pois havia pessoas sentadas nas cadeiras especiais, sem portar alguma necessidade que a faça ficar ali. No dia seguinte, na linha 377, um senhor com mais de 70 ano e uma bengala, inclusive, pegou o ônibus e as pessoas fingiram literalmente que não o viram. Ele ficou a viagem toda em pé, próximo à roleta, porque ali era mais fácil para ele se segurar, já que não tinha lugar. Eu estava do seu lado e ainda falei que era um absurdo isso, pois as pessoas sequer se mexiam para lhe ceder o lugar.

Hoje, pela manhã, no 376, este mesmo senhor pegou o ônibus, ficando mais uma vez no mesmo lugar. Nem os bancos preferenciais nem a solidariedade fizeram com que ele pudesse viajar sentado. E vale destacar que ficamos uma hora e meia no trânsito e tinham mais dois idosos em pé.

Essas cenas são comuns, já vi também grávidas viajarem em pé. Vocês da empresa podem se perguntar o que vocês podem fazer quando o ser humano não tem mais respeito ao próximo. Contudo, motorista e trocador sabem que há bancos preferenciais ´(poucos, inclusive, porque agora muitos carros nem tem mais esses bancos antes da roleta) para estas pessoas e nada falam para que esse direito seja resguardado. E nem podem dar a desculpa que não viram isso acontecer, já que o senhor viajou próximo a roleta.

Os funcionários da Rubanil devem ser treinados para este tipo de situação e gentilmente devem garantir esse direito aos que precisam viajar sentados. A humanidade porde até estar perdida, mas, as empresas de ônibus ganham o direito de prestar um serviço público e devem manter, àqueles que o utilizam, o direito de viajarem como se deve.

Pagamos um valor alto pela passagem, não recebemos um serviço de acordo com que pagamos, as tarifas só aumentam, com a desculpa de dar gratuidade aos idosos e alunos de escolas públicas. E, na prática, os motoristas não gostam de parar para estas pessoas que "não pagarão" a passagem ou não fazem com que seus direitos sejam respeitados.

Sei que isso acontece em todas as empresas de ônibus, porém, posso apenas falar da Rubanil, porque sou usuária diariamente dos serviços prestados por esta empresa. Todos iremos chegar na terceira idade, espera-se. E, ao menos que tenhamos muita condição financeira, precisaremos usar o transporte público. Alguns ainda tem a arrogância de falar: mas o que esse velho vai fazer na rua? Ficasse em casa! Só que não quero nem vou engrossar esse coro, com tal pensamento e atitude, por isso, envio este e-mail e peço mais respeito ao cidadão que utiliza o meio de transporte público, seja ele de que idade for, pagante ou não pagante.

Att

Juliana"

5 de nov. de 2009

Transporte coletivo é coletivo


Antes de começar o meu desabafo, queria agradecer aos que leem o blog, acompanham meus raros posts, MAS NÃO SE MANIFESTAM. Tudo bem, a gente vai se aproximando timidamente, é normal em todo início de relacionamento. Quando vocês ficarem sem vergonha, colocarão suas opiniões. Só não demorem, não dá pra ficar nessa seca.

O interessante é que descobri meus caros leitores por causa do último post, com o qual fui chamada de feminista, pelos leitores, e ouvi um "adorei" das leitoras. Quem entendeu o que eu quis dizer, ótimo. Quem não entendeu, venho até falar nesse post sobre amor, para tirar a má impressão que causei com o "Vamos à luta companheira".

Ando pensando na falta de amor entre as pessoas, nas diversas situações que nos encontramos no dia a dia. As situações simples, mas que expressam grandiosamente a falta de amor que assola a humanidade. Por exemplo, em transportes coletivos. Como o nome diz, é COLETIVO, logo amigo, você não estará só, nem adianta fazer cara feia, ocupar o corredor todo, porque o coleguinha que está do lado de fora precisa entrar, pois ele também quer ir para a sua casinha, depois de um dia de trabalho cansativo.

E aí falo das mulheres. Nesta última terça-feira peguei o metrô destinado a elas. Lá estava eu, num calor infernal, tentando entrar, ainda na Cinelândia, em um vagão já cheio. E lá já estavam elas, aquelas que não queriam que entrássemos e aquelas que queriam sair. De repente, grita uma delas: "peraí, peraí, deixa eu sair primeiro, eu quero sair". Na Carioca, meu Deus, o que estava ruim piorou. Aquelas que já estavam quando cheguei não queriam ir apertadas, às 18h, no metrô. Que falta de amor gente; no lado esquerdo buracos, havia ar, coisa rara. No lado direito, as outras querendo entrar, com toda força, com toda vontade, e eu, com meu meio metro naquele meio. Mas até aí, era o purgatório.

Chegando ao inferno, o Estácio. Aquela estação tenebrosa, na qual amigos sabem que fui massacrada e cheguei com cabelo todo despenteado no trabalho uma vez. Nessa altura não queria mais ir no vagão especial, as moças de lá são más. Estávamos todos juntos, pertinhos, colantes, naquele calor. Parou o primeiro carro. Vazio, que felicidade. Claro, ele não ia andar, estavam apagadas as luzes e seria muita alegria pra linha 2 ter um carro vazio daquele jeito. Mais 15 minutos e chega o outro, cheio. Entram primeiro, do outro lado, as crianças, os idosos, as grávidas. Abrem as portas do meu lado e "peraí, peraí"... Nem tinha mais lugar pra sentar, porque tanta grosseria? Lá estava eu, meio metro, perto da porta, pensando nessa falta de amor ao próximo e gente, não dá, eu sou pequena. O rapaz da minha frente não parava de se mexer e eu pude contar os pêlos de suas axilas. Ah, tenha dó, tenho certeza que o inferno é assim e Satanás ainda fala no alto falante ironicamente: "Não encostem nas portas e nem sentem no chão para sua segurança". Sentar no chão? Se você conseguir colocar os dois pés no chão, pode se sentir num taxi. Ah, quero brincar mais disso não!