14 de mai. de 2010

Fala, tu!


Outro dia me peguei pensando em como será daqui a alguns anos, quando precisar me comunicar com os jovens (sim, neura de quem estuda Letras). Pensei nas gírias e se conseguirei entendê-las, se a comunicação se dará de forma clara para mim.

Tentei lembrar da época de adolescência e não consegui perceber se falava gírias ou não, ou se as falava, mas não as consideraa como gírias, apenas parte comum do vocabulário que usava com meus amigos. Juro que não lembro.

Ao me deparar, no entanto, com um diálogo do ascensorista percebi que não preciso ir muito longe para ver que as gírias são mais do que uma coisa entre jovens. Elas fazem parte de grupos sociais. Simplesmente, o ascensorista atendeu o inteforne:

— Fala, tu! %$&@#*@% ¨%*¨#@$....

Eu só consegui entender o "fala, tu", pois ele começou a falar em código: gírias que eu não tenho a menor ideia do que significam. É, não sou eu que estou ficando velha, mas sim atenta aos dialetos sociais. Certo, colega?

11 de mai. de 2010

Fumaça? Não, não fumo.


Oito e meia da manhã, andando rápido para chegar ao trabalho, desvio dos fumantes. No meio do dia, saindo ou voltando do almoço, cubro o nariz ou abano a mão em frente ao rosto. À noite, voltando da faculdade, ao passar nas duas entradas de um shopping center, mais uma vez cubro o nariz e desvio da fumaça exalada dos cigarros.

Não, eu não fumo, e não sou obrigada a inalar a fumaça que os que adeptos do tabaco sopram para qualquer lado, sem se importar se há pessoas ou não em volta. A lei que proíbe o fumo em locais fechados ou cobertos foi uma primeira vitória para os não fumantes, que antes eram obrigados a inalar as toxinas exaladas no ambiente. De acordo com autoridades, a lei também tem o propósito de desistimular o vício, uma vez que a pessoa, nestes locais, deve se deslocar muitas vezes para fumar.

Só que em restaurantes e shoppings, por exemplo, é comum vermos fumantes nas portas de entrada e saída. Se eu quero sair de um estabelecimento deste, sou obrigada a segurar a respiração, caso não queira fumar passivamente. Outros fumantes, mal-educados, saem do metrô em escadas rolantes e já acendem o cigarro. Calma aí! E quem vem atrás, tem de inalar tudo?

Isso é uma questão de (falta de) educação. Do mesmo jeito que um fumante mais civilizado não quer ver pessoas urinando na rua, por causa do odor, um não fumante como eu não quer respirar fumaça de cigarro. Por isso, fumantes, quando forem acender seus cigarros, lembrem-se que o vício é de vocês. Olhem ao redor e saiam de perto de quem não fuma. Colaborem com a saúde dos não fumantes.