29 de set. de 2010

Eleições sem candidatos

Pois é, mais uma eleição se aproxima e desta vez, a disputa é complicada. Para os eleitores. Principalmente na decisão quanto aos cargos do legislativo. Entre os que concorrem ao Congresso Nacional, atores, jogadores de futebol, cantores, pseudocelebridades, palhaços. Assim é difícil escolher.


Li uma explicação de um historiador na CartaCapital  sobre a origem da palavra "candidato". Vem do latim candidatus e tem origem nas vestes brancas que os antigos usavam, simbolizando a pureza (fichas-limpa da época). Para as eleições de 2010, alguns "candidatos" torceram contra a validade da Lei do Ficha-limpa, por motivos mais do que óbvios.

Sempre achei que alguns cargos públicos (os de mandato) não deveriam ser retribuídos, com remunerações ou subsídios, mas sim serem uma opção de quem realmente quer ajudar a sociedade política e economicamente. Vejamos: um vereador pode ter um emprego, desde que seja compatível com os horários que o cargo na Câmara dos Vereadores exija a presença (votações, reuniões com comissões, entre outros). Mas, e um deputado federal? Trabalha durante três dias na semana (de terça a quinta, quando não há feriados) e ainda recebe uma polpuda remuneração pelo cargo. Se os mandatos não fossem remunerados, ou recebessem uma quantia simbólica em troca do serviço prestado à Nação, duvido haver esta quantidade absurda e esta "qualidade" absurda de candidatos.

Com estas opções, fica difícil exercer a democracia. Nunca antes na história deste país foi tão difícil votar!