Ufa, não sou só eu que me sinto assim. Não sei na verdade se isso é bom ou ruim, mas dá um certo alívio. E me fez refletir sobre o porquê de estarmos nos sentindo desta forma. Será o sentimento de uma geração? Será que é mera coincidência?
Somos todos jovens adultos, próximo aos 30, que não estamos satisfeitos. Temos boa formação, estudamos na área de humanas, supostamente temos o emocional mais desenvolvido, inter-relacionamos bem, alguns trabalham no que escolheram, outros não, mas, a pior semelhança é a insatisfação. Pensei que fosse só eu e mais um ou dois amigos, mas na última semana descobri que todos estamos em crise. Crise existencial.
É certo que de que todos têm problemas, alguns mais complicados, outros mais fáceis de solucionar, mas o fato é que a questão do existir paira sobre todos nós. O emprego não é o ideal, mas é o necessário para conseguir algum dinheiro e tentar melhorar. Submetemo-nos a ele. O salário é ridículo, mas as pessoas do trabalho parecem achar normal ganhar esta miséria que nos pagam. Raiva da acomodação. A vocação de uma vida profissional está sendo abalada por alunos desrespeitosos e pais alienados. Que adultos serão estes no futuro? Questionam se você luta pelo certo. Sim, queremos justiça. Você sabe que precisam do seu trabalho, mas o contrato é temporário e não renovável. Impotência. Estamos insatisfeitos, indignados e lutamos para reverter toda esta situação. Só que o tempo...
Ah, o tempo traz maturidade, traz a adaptação, a adequação, a paciência, mas também cansa, destrói a esperança aos pouquinhos. Sabe o que é o tempo passar, você lutar, lutar muito para mudar, para que as coisas melhorarem e nada acontecer? Isso vai tirando a força, vai deprimindo.
Às vezes sinto-me em um barco sem remos ou vela, seguindo um fluxo que não sei onde vai dar. Não sou só eu que estou assim. Estamos todos em crise. Quem pode nos ajudar? Como mudar isso?
Um comentário:
Suas palavras são as minhas. Seus sentimentos também.
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